Mamoplastia Redutora – cirurgia mamária de redução

É uma das mais comuns dentre as cirurgias plásticas, pois, além de ser indicada para melhorar o aspecto das mamas e melhorar a autoestima das pacientes, também é indicada como recurso complementar no tratamento profilático de certas doenças da mama (casos especiais) e como prevenção de problemas causados por mamas muito grandes.

Consulta de médico especialista

Para conscientizar pacientes na busca segura de seus médicos especialistas, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica do Paraná, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia – PR e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – PR lançaram uma importante campanha.

Antes de consultar um médico especialista, confirme se ele tem a especialidade que divulga.

Acesso o site do Conselho Federal de Medicina e faça sua busca.

As perguntas mais frequentes sobre esta cirurgia são:

R: Felizmente esta cirurgia permite colocar as cicatrizes bastante disfarçadas (em “T”, em “L”, “I”, periareolar etc), o que é muito conveniente nos primeiros meses. No entanto, será a carga genética que irá determinar a cicatriz resultante nas diferentes regiões do corpo.

Para melhor esclarecê-la sobre a evolução cicatricial, vamos relatar os diversos períodos pelos quais as cicatrizes passarão:

a) PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível Alguns casos apresentam uma discreta reação aos pontos ou ao curativo.

b) PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º dia até o 12º mês. Neste período há um espessamento natural da cicatriz, bem como uma mudança na tonalidade de sua cor, passando do “vermelho para o “marrom” que vai, aos poucos clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa às pacientes. Como não podemos apressar o processo natural de cicatrização, recomenda-se às pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.

c) PERÍODO TARDIO: Vai do 12º ao l8º mês. Neste período a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia das mamas deve ser feita após este período.

R: Dependendo da técnica empregada, pode ter variações quanto às cicatrizes. Normalmente existem vários tipos de cicatrizes, dependendo do tipo da mama a ser operada.  O cirurgião pode propor a melhor localização da cicatriz em “I”, “periareolar”ou  cicatrizes situadas em forma de “T” invertido, na parte inferior da mama. Aquela situada em torno da aréola fica bastante disfarçada pela própria condição de transição de cor entre a aréola e a pele normal. Com o decorrer do tempo (vide item anterior), as cicatrizes vão ficando mais amadurecidas e disfarçadas. Entretanto, há casos onde a carga genética é soberana e, a despeito de toda a técnica,  quelóides podem ocorrer.

R: Certas pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertrófica ou ao quelóide e faz parte da característica familiar (fisiopatologia imprevisível).

R: As mamas podem ter seu volume reduzido através da cirurgia; além disso sua consistência e forma também são melhoradas com uma intervenção. Para os casos de redução de volume e levantamento de sua posição, pode-se optar por vários volumes, dentro das possibilidades que a mama original permita planejar, sem comprometê-la futuramente. Aqui, como no caso do aumento do volume, devem ser equilibradas as proporções entre o volume da nova mama e o tamanho do tórax da paciente a fim de obter uma harmonia estética. Nessa ocasião a flacidez e a forma da mama original são corrigidas; entretanto, “as novas mamas” passam por vários períodos evolutivos:

a) PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia. Neste período, apesar das mamas apresentarem-se com aspecto bem melhorado, sua forma ainda está aquém do resultado planejado, pois até que se atinja a forma definitiva, surgem “pequenos defeitos” aparentes iniciais (inevitáveis em todos os casos), que tendem a desaparecer com o decorrer do tempo. Lembre-se desta observação: Geralmente nenhuma mama fica “perfeita” no pós-operatório imediato.

b) PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º dia até o 8º mês. Neste período, a mama começa a apresentar uma evolução que tende à forma definitiva. Não são raros neste  período uma certa insensibilidade ou hipersensibilidade do mamilo, além de maior ou menor grau de “inchaço” das mamas; além disso, sua forma está aquém da definitiva. Apesar de certa  euforia da maioria das pacientes, já neste período, o resultado ficará melhor ainda, pois isto será a característica do 3º período (tardio).

c) PERÍODO TARDIO: Vai do 8º ao 18º mês. É o período em que a mama atinge seu aspecto definitivo (cicatriz, forma, consistência, volume, sensibilidade). É neste período que costumamos fotografar os casos operados, afim de compará-los com o aspecto pré-operatório de cada paciente. Tem grande importância, no resultado final, o grau de elasticidade da pele das mamas bem como o volume conseguido. O equilíbrio entre ambos varia de caso para caso.

R: Apesar do resultado imediato ser muito bom, somente entre o 12º e 18º mês é que as mamas atingem sua forma definitiva (vide item anterior).

R: No período mediato e tardio qualquer tipo de traje, de uma ou duas peças, desde que a peça superior não fique muito justa. É claro que, após o amadurecimento das cicatrizes os maiôs poderão ser a seu critério. Nas grandes reduções mamárias, entretanto, a cicatriz horizontal é um pouco mais extensa o que determinará a escolha do top ou soutien que melhor disfarce sua presença.

R: O seu ginecologista dirá da conveniência ou não de nova gravidez. Quanto ao resultado, poderá ser preservado, desde que aquele especialista controle seu aumento de peso na nova gestação. Poderá em alguns casos ocorrer flacidez após a gestação e amamentação. Quando se tratar de mamas muito grandes, que foram reduzidas acentuadamente, a lactação poderá ficar prejudicada. Em casos de pequenas e médias reduções a lactação geralmente é preservada.

R: Não. Uma dermolipectomia de evolução normal não deve apresentar dor. O que existe é um grande equívoco por parte de certas pacientes, que são operadas simultaneamente de cirurgias ginecológicas associadas à dermolipectomia e relatam, por isso, dores pós-operatórias. Nem todos os cirurgiões costumam recomendar esta associação de cirurgias, por constituírem aumento de risco  operatório, além de apresentarem inconvenientes como dores e resultados menos favoráveis. Algumas pacientes, no entanto, apresentam o limiar para dor mais baixo e certamente necessitam de maior suporte analgésico.

R: Raramente a cirurgia plástica mamária sofre complicações sérias. Isto se deve ao fato de se preparar devidamente cada paciente, além de se ponderar sobre a conveniência de associação desta cirurgia simultaneamente a outras. O risco é o mesmo que para qualquer outro procedimento cirúrgico (hematomas, infecção, seromas, necrose, problemas anestésicos e de ordem sistêmica).

R: Anestesia geral na maioria dos casos,  ou  local com sedação assistida, em casos especiais, a critério do anestesista e cirurgião.

R: Dependendo de cada tipo de mama, a média é de três horas.

R: Geralmente 24 horas.

R: Somente no primeiro dia.  Micropore e soutien especialmente adaptados a cada tipo de mama posteriormente, que serão trocados no consultório a cada revisão. Banho normal da partir da alta.

R: A maioria não precisa ser retirado e o restante em torno do 7º ao 15º dia, sem maiores incômodos.

R: Geralmente normal no 1º dia após a cirurgia. Somente em casos raros é recomendado evitar o umedecimento sobre essa área.

R: Você não deve esquecer que, até que se atinja o resultado almejado, as mamas passam por diversas fases (ver itens “1” e “5”). Se ocorrer a preocupação no sentido de “desejar atingir o resultado definitivo antes do tempo previsto”, não faça disso motivo de sofrimento: tenha a devida paciência, pois seu organismo se encarrega espontaneamente de dissipar todos os transtornos imediatos que, infalivelmente chamam a atenção de alguma amiga, que não se furtará a observação: “será que isso vai desaparecer mesmo?”. É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser a transmitida ao seu médico. Para sua tranquilidade, é dado os esclarecimentos necessários e/ou empenho para que se atinja o resultado almejado.

R: Geralmente após 45 dias, com algumas restrições. Exercícios de pernas poderão ser iniciados antes, mas deverá conversar com seu médica antes.

RECOMENDAÇÕES SOBRE A CIRURGIA REDUTORA DAS MAMAS

A) RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS:

  1. Comunicar-se com seu médico até dois dias antes da operação, em caso de gripe, indisposição ou antecipação do período menstrual;
  2. Internar-se no hospital indicado, obedecendo ao horário previamente marcado;
  3. Evitar bebidas alcoólicas ou refeições muito lautas na véspera da cirurgia;
  4. Evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer de que eventualmente esteja fazendo uso, por um período de 30 dias antes do ato cirúrgico. Isto inclui também os diuréticos, Ginkobloba, ortomolecular, vitaminas, anti-inflamatórios, aspirina, (AAS);
  5. Programe suas atividades sociais, domésticas ou escolares de modo a não se tornar indispensável a terceiros, por um período de aproximadamente 15 dias.

B) RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS:

  1. Evite esforços nos 30 primeiros dias;
  2. Não movimente os braços em excesso;
  3. Não se exponha ao sol, até segunda ordem;
  4. Siga rigorosamente as prescrições médicas;
  5. Alimentação normal (salvo casos específicos que receberão a devida orientação);
  6. Volte ao consultório para curativos subsequentes e controle pós-operatório nos dias e horários estipulados;
  7. Consulte o Folheto de Instruções quanto à evolução pós-operatória, tantas vezes quanto necessário;
  8. Provavelmente estará se sentindo tão bem a ponto de esquecer-se que foi operada recentemente. Cuidado! Esta euforia pode levá-la a fazer esforços prematuros, o que determinará certos transtornos;
  9. Não se preocupe com as formas intermediárias nas diversas fases. Tire conosco suas eventuais dúvidas.