Blefaroplastia – Cirurgia das pálpebras

Fatores como: idade, textura da pele, distúrbios da acuidade visual, problemas emocionais etc, podem deixar como consequência sua marca na área das pálpebras. Assim é que, quando você é examinado(a) pelo cirurgião plástico, este fará uma análise profunda, para intervir somente naqueles setores que possam se beneficiar com a cirurgia.

Muitas vezes o problema das pálpebras é devido a fatores clínicos e não está indicada qualquer cirurgia (olheiras, edemas etc). Outras vezes, os problemas clínicos estão associados ao cirúrgico e, mesmo que se opere devidamente as pálpebras, ainda assim, persistirá um percentual da alteração original decorrente do distúrbio clínico associado.

A cirurgia plástica das pálpebras corrige apenas os excessos de pele e gordura (bolsas) do território palpebral no limite de evitar prejuízo para o lado da função das pálpebras, desde que a evolução pós-operatória seja normal.

Consulta de médico especialista

Para conscientizar pacientes na busca segura de seus médicos especialistas, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica do Paraná, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia – PR e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – PR lançaram uma importante campanha.

Antes de consultar um médico especialista, confirme se ele tem a especialidade que divulga.

Acesso o site do Conselho Federal de Medicina e faça sua busca.

As perguntas mais comuns quanto a esta cirurgia são:

R: Não existe uma idade ideal, mas sim, a oportunidade ideal. Essa oportunidade é determinada pela presença das alterações a serem corrigidas e poderão ocorrer em qualquer idade.

R: Sendo a pele das pálpebras de espessura muito fina, as cicatrizes tendem a ficar praticamente disfarçadas nos sulcos da pele. Para tanto, deve ser aguardado o período de maturação da cicatriz (18 meses). Pela sua localização são passíveis de serem disfarçadas com uma maquiagem leve, desde os primeiros dias. No entanto toda cicatriz tem o fator genético como principal determinante do resultado final.

R: Anestesia local com sedação por anestesista em centro cirúrgico. Anestesia geral é reservada para casos em que clinicamente está contraindicada a anestesia local ou mesmo, quando a blefaroplastia esteja sendo feita simultaneamente com outras cirurgias.

R: Geralmente não. Mesmo que ocorra uma sensibilidade maior ou pequenos surtos de dor, estes poderão ser perfeitamente abolidos com o uso de analgésicos.

R: Sim. O edema (inchaço) dos olhos varia de paciente para paciente. Existem pacientes que já no quarto ou quinto dia apresentam-se com um aspecto natural. Outros irão regredir mais lentamente. Mesmo assim, nos três primeiros dias do pós-operatório existe maior “inchaço” das pálpebras. O uso de óculos escuros pode ser útil nesta fase, assim como a utilização de compressas frias. Somente após o terceiro mês é que poderemos dizer que o edema residual é discreto e não compromete o resultado final.

R: Normalmente, em torno de 60 a  90 minutos. Dependendo do caso, existem detalhes que podem prolongar este tempo.

R: Nada mais são do que a infiltração do sangue na pele subjacente, e mesmo na conjuntiva ocular; são devidas ao próprio trauma cirúrgico. Isto, entretanto, não constitui qualquer problema futuro e não é considerado como complicação, mas sim, uma intercorrência transitória e reversível. No entanto é indispensável o uso de bloqueadores solares nesta fase para evitar manchas duradouras.

R: Após o sexto mês. Entretanto, logo após o oitavo dia já teremos uma ideia do resultado almejado. Isso sempre tende a melhorar respeitando-se as características individuais de cada paciente e sua genética para cicatrização.

R: Não.  Somente recomendamos a colocação de compressas frias por alguns minutos, várias vezes ao dia, ato este controlado pelo(a) próprio(a) paciente, como profilaxia do edema acentuado.

R: Se você está ciente do que deseja e do que o seu cirurgião lhe explicou, sem dúvida compensa. Entretanto, é importante levar em consideração o fato de que a cirurgia das pálpebras não proporciona rejuvenescimento geral à face, quando executada isoladamente. Muitos pacientes esperam este resultado (rejuvenescimento) apenas com a blefaroplastia. O cirurgião plástico apenas melhorará essa área prejudicada pelas alterações pré-existentes. O rejuvenescimento da face implica em outras condutas associadas à blefaroplastia. Os “pés de galinha”, mesmo que devidamente operados, nunca desaparecem, ficando ainda o estigma, devido à ação do músculo orbicular e a perda da elasticidade da pele remanescente.

RECOMENDAÇÕES SOBRE A BLEFAROPLASTIA

A) PRÉ-OPERATÓRIO:

  1. Comparecer ao local da cirurgia (hospital, clínica) no horário previsto em jejum;
  2. Comunicar qualquer anormalidade que possa ocorrer, quanto ao seu estado geral até a véspera da internação;
  3. Não fazer maquiagem no dia da internação;
  4. Levar óculos escuros;
  5. Comparecer acompanhado(a) para a internação;
  6. Evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer, anti-inflamatórios, ortomolecular, ginkbloba, vitaminas E e C  e aspirina ou AAS, que eventualmente esteja  fazendo uso, por um período de 21 dias antes do ato cirúrgico.

B) PÓS-OPERATÓRIO:

  1. Aplique compressas com soro fisiológico gelado (gase embebida ), várias vezes ao dia, durante 15 minutos, entre três e seis dias;
  2. Alimentação livre;
  3. Usar óculos escuros quando se expuser à luz natural;
  4. Evitar sol por 45 dias;
  5. Obedecer à prescrição médica;
  6. Voltar ao consultório para curativo e revisão nos dias estipulados;
  7. Consulte estas instruções, tantas vezes quanto necessário,  e sempre, comunique ao seu médico suas dúvidas, pois ele é a pessoa mais indicada para esclarecer todas as dúvidas;
  8. Não traumatize nem “coce” os olhos;
  9. Você poderá voltar às suas atividades normais entre cinco e quinze dias, após conversar com seu médico.